"É a paisagem que dá coesão ecológica ao espaço que habitamos. Os responsáveis têm medo da paisagem porque consideram a paisagem como qualquer coisa de decorativo e não de profundo. Se a tivessem contrariavam ideias setoriais sobre o uso do território. Essencialmente, vivem muito de visões tecnocráticas. Aceitam exclusivamente o crescimento económico com base em tecnologias, e nunca vêem de fato onde é que todas essas realidades novas se intercalam com a espécie humana. Porque a paisagem é uma criação da espécie humana, com o concurso da Natureza" (1)
A sua clarividência sobre a importância do território, do espaço, das culturas, do homem, das pedras e das árvores dão-nos a sabedoria que contínuos governos esquecem. Uma homenagem na Fundação Gulbenkian, amanhã para ouvir um homem em que as palavras ainda têm significado. A sua respiração pelos campos, pelos caminhos de pó e amoras, pelos rios confirma-nos como a ignorância tem presidido à gestão do espaço público. É uma figura que tem feito imenso por uma cidadania ativa, por onde todos sejam respeitados no território e na memória.
Para mais informações aceder na página da Fundação Calouste Gulbenkian.
Para mais informações aceder na página da Fundação Calouste Gulbenkian.
(1) Entrevista, RTP 2, Agosto de 2011
Sem comentários:
Enviar um comentário