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terça-feira, 28 de maio de 2013

Mia Couto ganha a 25ª edição do Prémio Camões



Mia Couto é o vencedor da 25.ª edição do prémio, que distingue um autor da literatura portuguesa.
O Prémio Camões foi criado em 1988 por Portugal e pelo Brasil para distinguir um autor de língua portuguesa que, "pelo valor intrínseco da sua obra, tenha contribuído para o enriquecimento do património literário e cultural da língua comum".


 

       Livros do Autor, disponíveis nas BE, para empréstimo domiciliário




sexta-feira, 17 de maio de 2013

Concurso Nacional de leitura – Fase Distrital


  Um a experiência sem igual!


No passado dia 30 de Abril, realizou-se em Torres Novas a fase distrital do concurso nacional de leitura – 2013. Como em anos anteriores, o Agrupamento de Escolas de Coruche participou com os seus alunos que foram selecionados através de uma fase-escola que selecionou apenas três representantes, tanto do ensino básico como do ensino secundário. Em representação do ensino básico foram selecionadas as alunas Maria Coutrim, Madalena Pascoal e Cláudia Sacramento. O ensino secundário foi representado pelas alunas Teresa Parreira, Juliana Carlota e Ana Godinho.
            A fase distrital foi dividida em duas eliminatórias distintas – uma escrita e outra oral. Em ambas foram avaliados os conhecimentos acerca das obras anteriormente escolhidas. Porém, para a fase oral foram apenas escolhidos os seis melhores alunos da fase escrita de entre todos os representantes das escolas do distrito selecionados.
            A esta última decisiva e temida fase apenas passou uma aluna do nosso agrupamento, a Juliana. Esta, por sua vez, deu o seu melhor na eliminatória oral perante toda uma plateia recheada de alunos e professores das várias escolas do distrito de Santarém, respondendo a uma questão geral sobre um dos livros e também fazendo uma leitura expressiva de um excerto do mesmo livro. Debaixo de pressão e um nervosismo inigualável, a Juliana respondeu à questão “De que forma este livro te tornou uma melhor leitora?” da melhor forma possível. No entanto, apenas passou à fase final a melhor e, infelizmente, já não foi possível alcançarmos esta meta.
            Depois desta experiência, todas nós desejamos voltar a participar neste concurso até mesmo quem já, infelizmente, não poderá, como a Ana, pois frequenta o 12º ano. No geral, todas retiramos vantagens nesta participação, tanto a nível profissional como pessoal.

Os livros foram, neste concurso, os nossos melhores amigos e com eles vivemos experiências inesquecíveis. Para além do conhecimento literário que nos transmitiram, transformaram-nos em melhores pessoas, através das suas personagens especiais que nos acompanharam numa viagem por entre as suas experiências que, posteriormente, se tornaram também as nossas experiências.
De salientar e para finalizar, devo dizer que este concurso foi promovido e apoiado pela Rede de Bibliotecas Escolares e, por coincidência ou não, ou até devido à crise económica por nós sentida, a maior parte dos livros lidos para este concurso foram, todos eles, provenientes das bibliotecas tanto escolares como municipais.

Juliana Jacob Carlota

Convite: Um Poema na Vila




quinta-feira, 9 de maio de 2013

Quinta-feira da Ascensão-Dia da Espiga


Quinta-feira da Ascensão é uma festa religiosa católica. Há locais onde é mesmo um dia feriado.

 Neste dia celebra-se a Ascensão de Jesus ao Céu, depois de ter sido crucificado e de ter ressuscitado (A Ressurreição é o que a Páscoa celebra).
A Ascensão ocorre cerca de quarenta dias depois da Páscoa, e é sempre a uma quinta-feira. Também, sempre nessa data, celebra-se o Dia da Espiga ou Quinta-feira da Espiga.

Tradicionalmente, de manhã as pessoas vão para o campo apanhar a espiga e outras flores campestres.Com elas, formam um ramo com: espigas de trigo, folhagem de oliveira, malmequeres e papoilas. O ramo pode também incluir centeio, cevada, aveia, margaridas, pampilhos, etc.

Cada elemento simboliza um desejo:
- A espiga = que haja pão (isto é, que nunca falte comida, que haja abundância em cada lar)

- O ramo de folhas de oliveira = que haja paz (lembra-te que a pomba da paz traz no bico um ramo de oliveira) e que nunca falte a luz (divina). (Dantes as pessoas alumiavam-se com lamparinas de azeite, e o azeite faz-se com as azeitonas, que são o fruto da oliveira.)


- Flores (malmequeres, papoilas, etc.) = que haja alegria (simbolizada pela cor das flores - o malmequer ainda «traz» ouro e prata, a papoila «traz» amor e vida e o alecrim «traz» saúde e força)


O ramo é guardado ao longo de um ano, até ao Dia de Espiga do ano seguinte, pendurado  algures dentro de casa.
Acredita-se que este costume, que surge mais no centro e sul de Portugal, nasceu de um antigo ritual cristão, que era uma bênção aos primeiros frutos.
No entanto, por ter tanta ligação com a natureza, pensa-se que vem bem mais de trás no tempo, talvez de antigas tradições pagãs associadas às festas da deusa Flora que aconteciam por esta altura e às quais se mantém ligada à tradição dos Maios e das Maias.
 Atualmente, este dia continua a ser comemorado em algumas zonas do país, mas na maior parte das localidades, só os mais velhos sabem o seu significado.
Para que estas tradições não caiam no esquecimento é preciso divulgá-las e preservá-las, contribuindo desta forma para a construção da nossa memória coletiva.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Autora do mês de maio



                Alice Vieira


Notas biográficas e bibliográficas

     Alice  de Jesus Vieira  Vassalo Pereira nasceu em 1943 em Lisboa. Licenciada em Germânicas pela  Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
     Desafiada pelos filhos, Alice  Vieira escreveu Rosa, minha irmã Rosa, primeiro livro para infância e juventude que deu à estampa e, incentivada pelo marido, o jornalista e escritor Mário Castrim, concorreu ao Prémio de Literatura Infantil «Ano Internacional da Criança» (1980).Ganho o prémio, Alice Vieira prosseguiu a escrita de obras dedicadas aos mais jovens, começando em 1981 a procurar temas para alguns dos seus livros na História de Portugal. A sua escrita ficcional para crianças e adolescentes tem alternado, desde então, entre narrativas inspiradas na História (Promontório da Lua), textos que versam assuntos da actualidade – o apelo ao consumo, a influência da televisão na educação infantil – e problemas do quotidiano juvenil: a amizade, a solidão, as relações familiares, as relações entre crianças e adultos (Os olhos de Ana Marta) ou a infância em diálogo com a velhice (Às dez a porta fecha; Um fio de fumo nos confins do mar).
      Alice Vieira considera-se uma escritora urbana: as suas narrativas decorrem sobretudo no ambiente social da classe média lisboeta e baseiam-se na realidade observada de perto, processo a que não é alheio o contacto com autores e jovens leitores em escolas e bibliotecas públicas, para promoção da sua obra e do livro infantil em geral, e que iniciou durante a prática da sua profissão: o jornalismo.
     Começou, ainda adolescente, por colaborar no «Juvenil» do
Diário de Lisboa, suplemento que divulgou as primeiras tentativas literárias de muitos jovens talentos de então e foi coordenado por Alice Vieira entre os anos de 1968 e 1970. Entretanto, a autora publicou em 1964 um livro de poemas intitulado De estarmos vivos e, em 1977, o volume de contos Um nome para Setembro, literatura para adultos que só viria a retomar na década de noventa. Em 1975 passa a jornalista profissional no Diário de Notícias, onde coordenou a secção «Cultura / Arte e Espectáculos» e dirigiu o suplemento infantil «Catraio», que contava com contribuições de alunos das escolas de todo o país. Ainda no Diário de Notícias, a partir de 1981, foi responsável por uma rubrica de crítica literária infanto-juvenil – «Ler(zinho)» – e desenvolveu uma página semelhante no «Guia de Pais e Educadores» da revista Rua Sésamo.
     Tendo abandonado o jornalismo activo em 1991, para se dedicar a tempo inteiro à escrita literária, mantém no entanto colaboração regular em diversos periódicos e em revistas femininas. Utilizou a técnica da reportagem para regressar à escrita para adultos e, após aturada pesquisa, publicou em 1994 – ano em que Lisboa foi Capital Europeia da Cultura – o album
Esta Lisboa, com fotografias de António Pedro Ferreira. Neste livro, a digressão guiada pelos locais mais célebres e pelos recantos menos lembrados da cidade, transporta o leitor a uma Lisboa em transformação, ligada ao passado pela lenda e pela história. Em Praias de Portugal, com fotografias de Maurício de Abreu, album produzido no âmbito da Exposição Universal de Lisboa, Expo'98, retoma o processo jornalístico que utilizara no guia olisiponense e conduz o leitor pelas povoações piscatórias e areais do país.
     Alice Vieira recebeu em 1984, por
Este Rei que eu escolhi, o Prémio de Literatura para Crianças / Melhor Texto do Biénio (1983-1984) da Fundação Calouste Gulbenkian. Dez anos mais tarde foi candidata ao Prémio Hans Christian Andersen da IBBY (International Board on Books for Young People), tendo o seu livro Os olhos de Ana Marta sido escolhido para a lista de honra; foi de novo candidata ao mesmo prémio em 1998. Em 1996 foi-lhe atribuído, pelo conjunto da sua obra, o Grande Prémio de Literatura para Crianças da Fundação Calouste Gulbenkian. Em 1992 e 1998 as traduções de Rosa, minha irmã Rosa e Os olhos de Ana Marta, respectivamente, foram nomeadas para o «Deutscher Jungendliteraturpreis» (Prémio Alemão de Literatura para a Juventude).
    Alice Vieira é  hoje uma das  mais importantes escritoras portuguesas para jovens, tendo ganho grande projecção nacional e internacional. Atualmente  é uma das escritoras portuguesas  mais traduzidas e divulgadas no estrangeiro.


                             Fonte: Direção Geral do Livro e das Bibliotecas ( Centro de Documentação de Autores Portugueses - 4/2004– adaptado)
 
                          Alguns livros da autora disponíveis nas BE do Agrupamento

-Leandro, Rei da Helíria (PNL– Leitura orientada -7ºano)
-Águas de Verão  (PNL – Leitura orientada- 8ºano)
 -Um fio de fumo nos confins do mar ( PNL-Leitura autónoma– 3º ciclo)
-Rosa, minha irmã  Rosa
-Úrsula, a maior
-A Espada do Rei Afonso
- Viagem à roda do meu nome
-Os olhos de Ana Marta      (PNL-Leitura autónoma– 6ºano)
-Promontório da Lua
-Chocolate à chuva