“Da minha língua vê-se o mar”, Vergílio Ferreira
Foi inspirada no tema do mar e com o cenário
estético-linguístico do largo horizonte das palavras de Vergílio Ferreira, que
decorreu a Semana da Leitura nas BE do Agrupamento de Coruche.
Entre os dias 11 e 15 de março, as Bibliotecas Escolares
desenvolveram, em parceria com a Câmara Municipal de Coruche, um conjunto de atividades
que integraram quer a Semana da Leitura quer a Semana Verde, ambas a decorrer
no mesmo período de tempo. Assim, alunos e comunidade educativa em geral, pode
usufruir de uma oferta diversificada, transversal às mais diversas áreas do
conhecimento e saber.
Alunos, professores e encarregados de educação, todos tiveram
oportunidade para participar e assistir às animações de leitura, a aplaudir os
momentos de teatro que iam sucedendo ao longo destes dias, a visitar a feira do
livro, a ouvir e a recitar poesia, a conhecer novos livros pela mão de
escritores e a admirar os trabalhos dos alunos, nas exposições que estão
patentes nas BE do Agrupamento.
Da EB/JI do Couço chegaram manhãs de escrita
partilhada e poesia declamada; da BE do da EB 2/3 Armando Lizardo, navegaram
caravelas de história com trabalhos realizados pelos alunos nas diferentes
disciplinas e na Escola Secundaria ouve momentos de teatro, recriaram-se cenas
do livro a Menina do Mar recriaram-se
quadros da vida romântica baseados no livro Os
Maias, do escritor Eça de Queiroz
Um mar de palavras inundou devagarinho o areal das nossas
bibliotecas. Entre as redes de pesca, os barcos, as conchas, os búzios e os
faróis que recriavam o imenso mundo dos livros das BE, encontraram-se novos
poetas que, na Noite da Poesia, soltaram as velas da criatividade, da paixão e
do prazer da escrita. Todos viram e ouviram o desenho e o som da nossa língua,
seja através de Fernando Pessoa, de Sophia, de Camões ou dos nossos jovens
alunos, professores e outros amigos colaboradores. Todos, mas mesmo todos,
foram convidados a navegar para além do Cabo Bojador, escorrendo os medos da
dúvida e da inércia, erguendo a vontade do homem do leme, a vontade de um povo em
nunca calar o que lhe vai na alma.
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